Cinco anos depois, movimento gerou paradigma onde mulheres ao redor do mundo relatam suas experiências de violência
Em 16 de outubro de 2017, a atriz americana Alyssa Milano retuitou um chamado para a ação: em suas redes, mulheres vítimas de assédio decidiram quebrar o silêncio e demandaram que ela fizesse o mesmo.
O post que a atriz compartilhou dizia: “Se todas as mulheres que foram assediadas ou agredidas sexualmente escrevessem ‘eu também’ em suas redes sociais, poderíamos dar às pessoas uma noção da magnitude do problema”.
Milano foi a primeira figura de peso em Hollywood a dizer o “me too” e fazer a convocação. Em pouco tempo, a onda que surgiu ali virou um tsunami.
Há uma longa história por trás do tuíte histórico, mas um dos seus pontos de culminância acontece onze dias antes, quando o jornal New York Times publica a primeira matéria do que viria a ser uma série de reportagens, fruto do árduo trabalho das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey.
Partindo da premissa de que as mulheres jamais ocuparam tantas posições de poder no mercado de trabalho, e ainda assim continuavam a sofrer assédio sexual sem que ninguém fosse punido, a dupla resolveu trazer à luz o modus operandi de um agressor contumaz, o então todo-poderoso de Hollywood, Harvey Weinstein.