Misoginia: a violência sofrida por mulheres todos os dias

Pedalada Femininja Belo Horizonte MG Foto Mídia Ninja

Pedalada Femininja Belo Horizonte/ MG. Foto: Mídia Ninja

27 de outubro, 2022 Terra Por Lúcia Soares

A deputada Marina Silva e a ministra Cármen Lúcia estão entre as vítimas recentes dos ataques misóginos constantes dirigidos às mulheres

Os ataques recentes sofridos por Marina Silva, eleita deputada federal por São Paulo e Carmem Lúcia, ministra do Superior Tribunal Federal, revelam o grau de violência a que mulheres estão sujeitas no dia a dia. Na grande maioria do s casos o agressor é um homem e o combustível que alimenta esse comportamento violento tem nome: misoginia.

Por definição, a misoginia é o ódio, o desprezo ou a aversão às mulheres. O termo surgiu no século 17 como resposta a um tratado recheado de piadas sexistas elaborado por um inglês chamado Joseph Swetnam. Na visão do inglês, todas as mulheres eram desvirtuadas por natureza. “Até na mais honrada delas, há sujeira”, escreveu. O compêndio do inglês, publicado num momento em que se discutia o papel da mulher na sociedade, logo levantou uma série de críticas. Uma delas veio em forma de um espetáculo teatral, escrito por uma feminista anônima da época. Na peça, o inglês foi transformado em personagem e recebeu o nome de “Misogynos”.

Quatro séculos depois, a misoginia está mais viva do que nunca. Pergunte a qualquer mulher se alguma vez ela foi vítima de comentários preconceituosos ou de menosprezo, ao longo da vida, e constate como o comportamento misógino está nas entranhas da sociedade. É a piada sexista, o escárnio, os termos chulos, as falas do tipo “calma, você está muito nervosa”, “você deve estar naqueles dias” ou “isso aí é falta de sexo”, sempre ditos na tentativa de desqualificar demandas femininas. Continuamente, mulheres são tratadas como a louca do pedaço, as que interpretam tudo errado, as que sempre estão equivocadas.

 

 

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