Manifesto expressa indignação com as mortes de companheiras e crescente onda de violência no país
(Redação/Brasil de Fato) O Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) lançou um manifesto em que repudia a violência de gênero no país cometida contra as mulheres. Em especial, o movimento chama atenção para o feminicídio, forma de violência específica voltada para “as mulheres em situação de desumanização, não consideradas em igualdade de direitos humanos e valor”.
“A violência doméstica cresce em escalada alarmante no Brasil. Os dados de 2021, segundo estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registram que 1.319 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de 25 mulheres por semana, quatro por dia. A cada sete horas uma mulher foi morta”, alerta o manifesto.
Recorda ainda que esta forma de violência é movida pela desigualdade e discriminação das mulheres, sendo um fenômeno social que não pode ser minimizado ou invisibilizado. Segundo o texto, quando a violência de gênero não é discutida, ela se perdura e se aprofunda, por isso precisa ser reconhecida, combatida e enfrentada.
Lar é o local mais inseguro para as mulheres
O manifesto aponta ainda o dado de que a grande maioria desses assassinatos são cometidos por companheiros ou ex-companheiros, namorados e maridos.