Relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que neste ano meio milhão de mulheres morrerão de Aids, outro meio milhão de tuberculose, e outras 500 mil por causas relacionadas à gravidez e ao parto por falta de assistência.
Apresentado pela OMS em 09/11/09, o relatório indica as necessidades de saúde das mulheres e mostra como a desigualdade social entre os sexos é tão grande que as comprovadas vantagens biológicas e de comportamento das mulheres não são suficientes para garantir uma vida mais saudável e longa. Segundo a pesquisa, as mulheres enfrentam muito mais dificuldades que os homens para se curar de doenças devido às desigualdades nas áreas de educação, renda e emprego. O relatório aponta a contradição: embora as mulheres contribuam enormemente para melhorar a saúde da sociedade, como cuidadoras principais das famílias, os sistemas de saúde não atendem as suas necessidades.
Segundo a OMS, a Aids é a primeira entre as causas de morte entre mulheres em idade reprodutiva no mundo e as complicações durante a gravidez e no parto são o principal fator de risco de morte em mulheres entre 15 e 19 anos. O relatório mostra a relação entre pobreza e acesso à saúde: 90% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento.
O relatório destaca que as meninas e as mulheres são particularmente vulneráveis à infecção pelo HIV devido a uma combinação de fatores biológicos e desigualdades de gênero, que envolvem desde o desconhecimento sobre o vírus até sua capacidade ter relações sexuais sem risco. Segundo a pesquisa da OMS, a violência sexual é outro fator de risco para a saúde das mulheres.
Acesse a matéria em pdf: Portal G1 – 091109
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Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Unifesp
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