Entre os principais achados desse estudo, realizado por uma equipe de pesquisadores de diversas instituições – CRTDST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SP), Nepo/Unicamp, ENSP/Fiocruz, Programa de Pós-Graduação
Os pesquisadores analisaram comparativamente 3.822 mulheres com mais de 17 anos, em 13 municípios, divididas em dois grupos: 1.777 mulheres com diagnóstico positivo para HIV e 2.045 usuárias de serviços públicos de saúde da mulher sem diagnóstico conhecido para o HIV.
Mais da metade das mulheres analisadas conheceu seu status sorológico em decorrência do diagnóstico de Aids no companheiro, nela própria ou em um filho, 30% realizaram o teste a pedido do profissional do serviço de saúde e apenas 12,7% fizeram o teste por iniciativa própria.
Comparando os dois grupos, os estudiosos constataram que as mulheres que já tinham diagnóstico de HIV/Aids não tiveram um número de parceiros significativamente diferente do que aquelas sem diagnóstico de HIV/Aids. No entanto, as mulheres soropositivas apresentaram: início da vida sexual mais precoce, menor uso de preservativos e uma maior proporção de uso de drogas, ocorrência de DSTs e de violência sexual.
Os pesquisadores concluíram que as estratégias de prevenção devem focar o fortalecimento das mulheres e não apenas seus comportamentos individuais.