(Portal Imprensa, 16/04/2014) Em fevereiro, a imprensa brasileira, entidades da categoria e setores do governo entraram em uma grande reunião de pauta sobre a segurança dos jornalistas em coberturas de risco. A matéria batia à porta desde, pelo menos, junho de 2013, quando milhares de pessoas foram às ruas do país e muitos jornalistas acabaram feridos – pela polícia ou por manifestantes. Mas o assunto só conquistou seu espaço, de fato, na agenda após a morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade, em 10 de fevereiro deste ano, atingido por um rojão, enquanto registrava um protesto no Rio de Janeiro (RJ).
Marina Atoji, gerente executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) declarou à IMPRENSA: “lamentamos muito que tenha chegado a esse ponto, de ocorrer a primeira morte de um jornalista durante manifestações”. Em comunicado oficial, a associação relembra que foram registrados 117 casos de agressão, hostilidade ou detenção de jornalistas desde que a onda de protestos começou no ano passado.
“É o primeiro caso fatal envolvendo jornalistas atacados durante os protestos de rua, mas os incidentes têm se multiplicado. […] A violência sistemática contra profissionais da imprensa constitui atentado à liberdade de expressão. É preciso que o Estado (Executivo e Judiciário) identifique, julgue e puna os responsáveis pelos ataques”, diz o texto oficial da Abraji.
Promovida pela revista e Portal IMPRENSA, a 6ª edição do Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia, que será realizada dia 6 de maio, em Brasília (DF), vai abrir espaço para o debate sobre “o panorama da liberdade de imprensa no Brasil”. Este painel irá reunir representantes do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e Abraji para discutir as ameaças à liberdade de imprensa no Brasil e procedimentos de segurança na cobertura jornalística.
Esta edição do fórum marca o lançamento, pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), de um relatório especial sobre a liberdade de imprensa no Brasil. Carlos Lauría, coordenador sênior do Programa das Américas, e María Teresa Ronderos, diretora do CPJ, vão apresentar e discutir esse relatório, que inclui capítulos sobre a violência e a impunidade, o marco civil e legislação sobre a internet, a censura judicial, obstruções para cobrir os protestos, além das recentes medidas do governo e as conclusões do Grupo de Trabalho.
Outro relatório inédito será apresentado pela Abraji que, desde os protestos de junho, vem compilando casos de violações contra jornalistas. A Abraji decidiu ouvir os jornalistas agredidos, presos ou hostilizados nas ruas desde o ano passado e produzir, a partir da experiência deles, um guia prático com algumas informações sobre o que acontece nas manifestações e como os jornalistas podem se proteger. Clarinha Glock, repórter da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), vai abordar no fórum uma preliminar da pesquisa que vai servir de base para um futuro guia.
A participação no fórum é gratuita e as vagas limitadas! Inscreva-se e reafirme o seu direito de falar e ser ouvido.
Informações
VI Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia
Realização: revista e Portal IMPRENSA
Patrocínio: Organizações Globo
Apoio institucional: Imprensa Nacional, ABERT, Abraji, ANER, ANJ, Fenaj e ABI
Apoio de mídia: Portal Meia Um, Acontece Brasília e Agência Radioweb
Data: 6 de maio de 2014
Local: Museu da Imprensa Nacional – auditório
SIG (Setor de Indústrias Gráficas) – quadra 6 – lote 800 – Brasília-DF
IMPRENSA
Gisele Sotto / Rafael Pimenta
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Tel: (11) 2117-5312 / 5311/ 5300
