CNPq determina que pesquisadoras mães tenham dois anos a mais de produtividade analisada para bolsa

22 de abril, 2024 Estadão Por Paula Ferreira

Regra determina extensão do prazo de análise para cada parto ou adoção; medida foi tomada após parecer que negava bolsa a cientista citando gestações

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) alterou critério para concessão de bolsas para pesquisadoras mães. A nova regra determina que haja uma ampliação de dois anos, por cada parto ou adoção, no período de produtividade analisado. A medida foi anunciada neste sábado, 6.

De acordo com o CNPq, a mudança reduz “os efeitos dessas responsabilidades na análise comparativa entre outras propostas submetidas na mesma área”.

A mudança ocorreu após vir a público o relato da pesquisadora Maria Carlotto, da Universidade Federal do ABC, que teve sua bolsa negada com a observação de que suas gestações poderiam ter atrapalhado sua produtividade. O parecer ad hoc, que é feito por especialistas externos que colaboram com o CNPq, foi uma resposta à solicitação de bolsa de produtividade.

“O proponente não teve projetos de pesquisa financiados pelo CNPq, como universal, nem projetos individuais Fapesp após seu ingresso na UFABC. Não realizou pós-doc no exterior. Provavelmente suas gestações atrapalharam essas iniciativas, o que poderá ser compensado no futuro”, dizia o texto.

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