Mãe de Serena (3 anos e meio) e Martín (7 meses) compartilha sua experiência na escolha de obras de arte e dos livros infantis tendo como meta o engajamento na pauta antirracista
Creio que o imperativo moral da nossa geração de pais e mães é criar filhas e filhos antirracistas. Não é uma tarefa fácil, principalmente porque somos bastante iletrados sobre o tema. Também porque, depois de séculos de genocídio, silenciamento e exclusão num dos países mais desiguais do mundo, somos insensíveis ao estrondoso barulho do racismo estrutural. Frente a esses desafios, como criar efetivamente filhos antirracistas? Antes de mais nada, precisamos entender o que é ser antirracista; e a necessidade de falar proativamente sobre o tema com nossos filhos —uma questão sobre a qual eu mesma, como mãe negra de filhos de pele clara, até recentemente tinha dúvidas. Começo pelo segundo ponto, e spoiler: os dados nos asseguram que é melhor falar, e logo.