O aborto é um problema de saúde pública. Isso é fato. A prática é feita, sendo ilegal ou legal, e milhares de mulheres sofrem com isso. No Brasil, o aborto é crime na grande maioria das situações, mas mesmo assim 850 mil abortos clandestinos são feitos todo o ano.
(Ondda, 18/10/2016 – acesse no site de origem)
A mulher só tem o direito legal de abortar em três casos:
- Quando a gravidez é decorrente de estupro
- Quando há risco de morte para a mãe
- Se o feto é anencéfalo (não possui cérebro)
Porém, milhares de mulheres que não estão nessas condições decidem abortar e não têm ajuda profissional legal para fazê-lo. Por isso, acabam recorrendo a métodos nada seguros e que podem ser fatais.
Se uma mulher que abortou ilegalmente for denunciada, além de ter que lidar com as consequências emocionais e físicas, ela também poderá ser condenada entre 1 a 3 anos de prisão.
O problema é que essas mulheres não devem ser punidas, elas devem ter direito à saúde pública de forma justa. A questão maior é que o aborto é feito legal ou ilegalmente. Mas, ilegalmente, a mulher sofre muito mais. Os abortos clandestinos não vão parar de ocorrer se a prática não for legalizada.
A TV Câmara SP foi às ruas para saber mais sobre a opinião pública no caso. De acordo com a matéria, 70% dos brasileiros são contra a prática, porém isso não impede ela de acontecer.
Desde 2014, tramita no site do Senado Federal uma sugestão legislativa para “regular a interrupção voluntária da gravidez, dentro das doze primeiras semanas de gestação, pelo sistema único de saúde”. De acordo com a enquete do site, até o dia 17/10/2016 às 17:36, o “sim” estava ganhando, mas por pouco. 203694 pessoas concordam com a sugestão, mas 190330 votaram contra.