Levantamento feito pelo ONDDA, com base em dados do Ministério da Previdência, mostra que a quantidade de mulheres que pediram afastamento do trabalho, por causa de gravidez que acabou em aborto, registrou um aumento de 30%, nos seis primeiros meses deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2015. Segundo balanço órgão federal, foram registrados 4.632 pedidos de afastamento do trabalho por esse motivo, no primeiro semestre de 2016, ante 3.573 solicitações, dos seis primeiros meses do ano passado. Isso significa, uma média de 25 pedidos, por dia, ou mais de um por hora. (Os dados não revelam quantos desses abortos aconteceram de forma legal ou ilegal).
(Ondda, 08/11/2016 – acesse no site de origem)
De acordo com o Ministério da Previdência, esse tipo de gravidez ocasionou mais da metade de todos os casos que terminaram em aborto, entre janeiro e junho, de 2016. Em números absolutos, foram 2.407 gravidez que terminaram em aborto, por ser ectópica. A quantidade representa um aumento de 29%, quando comparado ao mesmo período de 2015.
Em seguida, entre os motivos de afastamento do trabalho, por causa de aborto, aparecem os que aconteceram por causa espontânea. De acordo com a Previdência, foram 1.279 pedidos de afastamento, entre janeiro e junho – 22% de aumento, em relação ao primeiro semestre de 2015.
O aborto é um problema de saúde pública. Isso é fato. A prática é feita, sendo ilegal ou legal, e milhares de mulheres sofrem com isso. No Brasil, o aborto é crime na grande maioria das situações, mas mesmo assim 850 mil abortos clandestinos são feitos todo o ano.
A mulher só tem o direito legal de abortar em três casos:
- Quando a gravidez é decorrente de estupro
- Quando há risco de morte para a mãe
- Se o feto é anencéfalo (não possui cérebro)
Márcio Apolinário