Como anticoncepcionais distribuídos gratuitamente pelo Governo podem interferir em ocorrências de aborto inseguro

Ato 8M Avenida Paulista Março2023 Foto: Juliana Vieira

Ato 8M Avenida Paulista Março/2023 Foto: Juliana Vieira

10 de julho, 2023 Marie Claire Por Mariana Gonzalez

Desde julho, medicamentos são oferecidos sem custo a 55 milhões de brasileiras cadastradas no Bolsa Família. Para especialistas, medida rompe cadeia de desigualdades e contribui para autonomia reprodutiva e financeira das mulheres

Ao anunciar a retomada do programa Farmácia Popular, o presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, comunicaram também que, a partir de julho, a distribuição gratuita de medicamentos seria estendida a todos os beneficiários do Bolsa Família. A lista de 40 remédios incluídos no programa são usados para tratar doenças como asma, diabetes, hipertensão e osteoporose, mas um dos grandes méritos do programa é a inclusão de anticoncepcionais – são quatro medicamentos diferentes, entre pílulas e injetáveis – oferecidos sem custo para cadastradas no Bolsa Família.

Especialistas ouvidas por Marie Claire acreditam que a medida traz uma série de benefícios para as mulheres brasileiras, especialmente as negras e pobres: primeiro, reduzindo o número de gestações indesejadas e de risco, e de abortos espontâneos ou provocados, que podem levar à mortalidade materna; depois, garantindo a elas maior autonomia reprodutiva e financeira.

A médica Melania Amorim, uma das fundadoras da Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras, chama atenção para o alto número de gestações indesejadas no país – duas em cada três, segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, feita em 2021, o que consequentemente leva a abortos clandestinos. “Fornecer métodos contraceptivos de alta efetividade é uma boa estratégia para romper este ciclo, que prejudica ainda mais as mulheres negras e pobres”, argumenta.

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