(O Estado de S. Paulo) Levantamento realizado pelo Instituto do Coração (InCor), da Universidade de São Paulo, com base em dados do Ministério da Saúde revelou que, entre os anos de 1995 e 2007, a realização de curetagens após aborto superou os casos de intervenções cirúrgicas para retirada de vesícula e apêndice.
Na pesquisa foram analisados mais de 32 milhões de procedimentos no período, sendo descartados apenas partos e cirurgias cardíacas que, segundo a médica Pai Chin Yu, são casos bastante estudados por suas peculiaridades.
O médico Thomaz Gollop, coordenador do grupo de estudos sobre o aborto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, afirma que os casos que necessitam de internação são invariavelmente ocasionados por abortos induzidos, o que mostra a ineficácia da lei vigente.