(Meio Norte, 08/07/2015) Cada vez mais as mulheres estão praticando abortos espontâneos induzidos ilegais. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, divulgados na terça-feira (07), 400 abortos legais foram realizados no Piauí. Na rede hospitalar 448 mulheres fizeram abortos legais, sendo que 374 ocorreram em 2014 e 74 deles somente este ano.
Os números na capital e no interior são considerados alarmantes. O índice do aumento da violência contra a mulher foi de 80% em todo o território piauiense.
O médico Marizon da Costa explica os riscos dos variados tipos de aborto. “Mal acompanhados ou mal conduzidos pode gerar complicações desde infecções, perfurações do útero, formações de aderências dentro do útero que são as sinéquias e todas elas comprometendo em maior ou menor grau a reprodutividade da mulher. O risco é triado de acordo com alguns fatores, dentre eles o fator idade”, diz.
No relatório consta que uma criança com menos de 4 anos é estuprada por semana no Piauí. No ano passado, 456 pessoas foram violentadas. No caso mais recente, ocorrido na capital, uma criança de 12 anos sofreu abuso sexual por cerca de um ano e acabou engravidando.
São três das principais causas de morte maternas no Brasil: a primeira é por hipertensão, a segunda por hemorragia e a terceira corresponde a 13%, um número alarmante que se configura através de aborto.
“É uma escolha dela, pois se foi abusada por uma pessoas que sofre de um problema de saúde, como AIDS, por exemplo, é uma opção dela”, afirma a estudante Regina Borges.
“Eu não sou a favor, porque se trata de um crime”, diz um homem que prefere não se identificar.
“Eu sou a favor. Depois se sofrer algo assim, ficará um trauma na vida dela. O feto não possui culpa”, diz a aposentada Maria Luiza.
Eduarda Miranda, vicepresidente da OAB/PI, explica em que caso o aborto é permitido.
“Ele é autorizado pela justiça e é feito pelo fato da vítima ter sido engravidada través de um estupro. Então, uma menor de idade tem tudo para a justiça conceder”, declarou.
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