(Agência Patrícia Galvão, 24/06/2016) O médico ginecologista e obstetra Thomaz Gollop, especialista em medicina fetal e cirurgia minimamente invasiva, criticou nesta sexta-feira (24) o documento que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emitiu com orientações e recomendações para evitar a infecção por zika em gestantes e sobre microcefalia.
De acordo com Gollop, o documento contém problemas como não esclarecer o grau de comprometimento das crianças que foram infectadas com o vírus zika ainda durante a gestação.
Além disso, o documento utiliza o termo microcefalia, quando até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entende que a diferença no tamanho do crânio das crianças é somente um dos sinais de um quadro muito maior de problemas. Neste momento, a OMS trabalha para a definição do que já entende como uma nova síndrome congênita, a síndrome do zika congênita. “Não há menção à síndrome e questiona-se a relação causal entre zika e a síndrome”, criticou Gollop à Agência Patrícia Galvão.