ONG cria serviço de informação sobre o zika para mulheres, por WhatsApp, no Recife

21 de fevereiro, 2017

Duas profissionais do grupo Curumim foram capacitadas pelo grupo e ficam responsáveis pelo atendimento. Informações são divididas em blocos distintos.

(G1, 21/02/2017 – acesse no site de origem)

Com a epidemia de zika, que atinge o Brasil desde 2015, mais da metade das brasileiras em idade reprodutiva está tentando evitar a gravidez, como ressalva contra a síndrome congênita relacionada ao vírus. Para divulgar informações e fazer o encaminhamento de mulheres desde a prevenção ao tratamento de filhos de mulheres que tiveram a doença na gravidez, a ONG feminista Curumim criou um serviço de atendimento por telefone e WhatsApp, com informações diversas sobre direitos reprodutivos e sexuais em tempos da moléstia.

Diariamente, duas profissionais, capacitadas pelo grupo, ficam responsáveis pelo atendimento às mulheres que desejam informações. O serviço, feito tanto por telefone quanto por WhatsApp, é dividido em blocos, todos relacionados à prevenção ao vírus ou, caso contraída a doença, procedimentos para diminuir os efeitos na vida cotidiana. O telefone é o (81) 9 8580.7506.

O primeiro bloco de informações é sobre métodos contraceptivos, o segundo sobre os exames e procedimentos a se fazer quando já se está grávida e, o último, sobre benefício e assistência aos bebês de mães que tiveram a doença. Coordenadora do Grupo Curumim, a enfermeira Paula Viana explica que, ao engravidar, a mulher tem uma série de direitos, desde o diagnóstico precoce de possíveis má-formações à interrupção da gravidez, prevista por lei.

“Há complicações relacionadas ao zika que podem fazer mal à saúde da própria mulher e, se ela preferir, pode interromper a gestação. Ela tem direito a exames que, ao contrário do que comumente acontece na rede pública, devem ser entregues desde o início do pré-natal”, explicou a coordenadora.

Ainda segundo Paula, a transmissão sexual do vírus é pouco explorada pelos órgãos de saúde, mas de extrema importância. “A mulher pode até não ter tido a zika via aedes aegypti, mas, ao fazer sexo desprotegido com um homem que contraiu o vírus, pode também ficar doente. Se estiver grávida, pode igualmente transmitir para o bebê”, explicou.

Curumim

O Grupo Curumim é uma ONG feminista com sede no Recife, que desde 1989 atua com foco na formação profissional e empoderamento feminino. A organização trabalha, principalmente, na divulgação de informações e visitas a comunidades do Grande Recife.

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