Sob o lema ‘Uma vacina protege dois’, movimento começou em Salvador e se espalhou para outros Estados; transferência de anticorpos pelo aleitamento materno já possui bons indícios
(Estadão de São Paulo | 14/06/2021 | Por Ítalo Lo Re| Acesse a matéria completa no site de origem)
Mãe de Anaís, de 23 anos, e de Juca, de 11 meses, a soteropolitana Júlia Maia é produtora cultural, terapeuta holística, doula e uma das fundadoras do Lactantes pela Vacina, movimento que surgiu no dia 7 de maio em Salvador, na Bahia, com um objetivo claro: reivindicar que mulheres que amamentam sejam priorizadas na fila da vacina contra a covid-19.
Sob o lema ‘Uma vacina protege dois’, representantes do grupo acreditam que, ainda que não seja comprovada para todos os imunizantes, a transferência de anticorpos por meio do aleitamento materno já possui bons indícios.
“O que nos motivou foi a urgência por políticas públicas que tirem as mães da invisibilidade, que cuidem de quem cuida, já que cuidar das mães é proteger o futuro”, explica Maia.
Segundo ela, o surgimento do Lactantes pela Vacina se deu de forma espontânea: algumas mulheres que hoje participam do grupo já falavam sobre a transferência de anticorpos por meio do leite há um tempo e, em determinado momento, decidiram se mobilizar para escrever uma carta aberta ao governo da Bahia, o que acabou gerando resultados.