(O Estado de S. Paulo) Segundo apurou a reportagem do Estadão, integrantes do comando petista reconhecem que não conseguiram dar resposta eleitoral eficiente para a questão do aborto, colocada no fim da campanha para o 1º turno, mobilizou cristãos contra Dilma Rousseff (PT)e impulsionou a candidatura de Marina Silva (PV).
Às vésperas do 1º turno, Dilma passou a perder votos entre eleitores evangélicos e católicos. Já Marina, que é evangélica da Assembleia de Deus, passou a ser apontada por pastores e padres como a melhor candidata, pois tem uma posição histórica contra o aborto.O jornalista José Roberto de Toledo, especialista em pesquisas de opinião do jornal, escreve:
“A polêmica em torno do aborto foi potencializada por uma campanha ‘viral’ na internet. Vídeos de pastores evangélicos pregando contra o voto no PT por causa da posição do partido em favor da descriminalização viraram hits. Um deles foi visto mais de 3 milhões de vezes nas últimas semanas.
Outro vídeo muito propagado na internet mostra a contradição de Dilma sobre a legalização do aborto. Contém trecho dela defendendo a mudança da legislação em entrevista feita no fim de 2007, e depois exibia imagem recente da candidata dizendo ser contra a descriminalização.
As buscas pelo binômio ‘Dilma + aborto’ no Google cresceram 1.500% em setembro – o que dá uma indicação de como o tema passou a ser uma preocupação dos eleitores.”
Acesse a matéria: Polêmica sobre aborto foi um dos fatores que provocaram segundo turno (O Estado de S. Paulo – 04/10/2010)
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