(Adital/IPS) “Em 1986, três anos após o registro do primeiro caso de Aids no Peru, para cada mulher infectada pelo HIV havia nove homens na mesma situação. Hoje, para cada mulher, há três homens com o vírus. Para a organização [feminista Flora Tristán], a desigualdade de gênero e o machismo contribuem para a aceleração da disseminação do HIV/Aids entre a população feminina. ‘Ambos os fatores limitam a capacidade das mulheres, por exemplo, para negociar práticas sexuais seguras, como o uso contínuo de preservativos, principalmente quando as relações sexuais se dão no marco de uma relação de casal considerada estável’.” – Dados demonstram vulnerabilidade das mulheres diante do HIV/Aids (Adital – 05/12/2011)
Pouca oferta de camisinha feminina
“Segundo a Campanha Internacional pelo Acesso Universal ao Preservativo Feminino, somente 1% das camisinhas usadas em nível mundial é para uso das mulheres. (…) Na Argentina, país de 40 milhões habitantes, onde o Estado distribuiu 39 milhões de anticoncepcionais de diversos tipos apenas em 2010, a camisinha feminina não é oferecida como alternativa, nem é encontrada nas farmácias. No Brasil, com quase 200 milhões de habitantes, perdeu impulso desde 2010 uma iniciativa lançada quatro anos antes, na qual o Estado distribuía camisinhas femininas que permitem às mulheres evitar gravidez e se prevenir contra o HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. No México, cuja população chega aos 112 milhões, também cresce a transmissão do HIV (vírus da deficiência imunológica adquirida, causador da aids) entre elas, mas só agora o Estado prevê entregar os preservativos em pequena escala.” – Preservativos femininos com demanda e pouca oferta (IPS – 30/11/2011)