(Agência Notícias da Aids) “Estamos apáticos, como se tudo estivesse resolvido, mas não está”, criticou Marisa Fernandes, do Coletivo de Feministas Lésbicas, durante o Colóquio Aids e Desafios na Metrópole, realizado em São Paulo. Marisa avalia que os movimentos sociais se acomodaram depois de algumas conquistas e criticou a falta de insumos específicos para prevenir as lésbicas de DSTs. “Para realizar sexo oral seguro, por exemplo, as mulheres precisam fazer adaptações com o preservativo masculino”, diz a ativista.
No evento, ativistas de diferentes movimentos sociais criticaram a ‘militância de internet’ e enfatizaram a necessidade de mudanças na forma de exercer o controle social. “O ativismo está fraco. É exercido muito pela internet e pouco nas ruas”, critica José Araújo Filho, coordenador da Associação de Espaço e Prevenção Humanizada. Para Araújo, isso acontece porque a militância virtual é mais cômoda e causa a falsa impressão de dever cumprido. “Quando a pessoa divulga por e-mail a realização de um protesto e não participa pessoalmente, está sendo hipócrita”, argumenta.
Marisa Fernandes criticou também a fragmentação dos movimentos sociais. “Está tudo muito dividido. As recentes falas do deputado Jair Bolsonaro agrediram pelo menos os negros, as mulheres e os gays. Esses três movimentos deveriam se unir para manifestar”, afirma Marisa.
O colóquio é uma realização do Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids), em parceria com o Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo e o Programa Municipal de DST/Aids.
Leia a matéria completa: Reunidos em colóquio sobre aids, militantes avaliam que ativismo está mais virtual que real (Agência de Notícias da Aids – 07/04/2011)
Indicação de fontes
Kátia Souto – Coordenação Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde
Brasília/DF
(61) 3306-7459 e (61) 9972-4781 – [email protected]
Maria de Lourdes Rodrigues – coordenadora da Comissão de Saúde LGBT do Conselho Nacional de Saúde / Liga Brasileira de Lésbicas
São Paulo/SP – (11) 9169-4513 – [email protected]
Marinalva Santana – Grupo Matizes / Liga Brasileira de Lésbicas
Teresina/PI – (86) 9991-3882 – [email protected]
Marisa Fernandes – coordenadora do Coletivo de Feministas Lésbicas
[email protected]
Veronica Lourenço – Conselheira Nacional de Saúde / Liga Brasileira de Lésbicas
João Pessoa/PB – (83) 8730-9733 – [email protected]
Wilza Villela – médica e pesquisadora da Unifesp
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Unifesp
São Paulo/SP – (11) 5572-0609 – [email protected]