(Folha de S. Paulo/O Estado de S. Paulo) “A estratégia traçada pelo comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) para recuperar os votos perdidos após a polêmica sobre o aborto prevê um discurso de ‘valorização da vida’ por parte da candidata do PT à Presidência. O novo tom aparecerá na reestreia do programa de TV de Dilma como um antídoto contra o aborto”, diz reportagem da Folha.
Acesse essa matéria: Na TV, Dilma falará em valorização da vida para driblar polêmica do aborto (O Estado de S. Paulo – 06/10/2010)
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Em reunião fechada com aliados, Dilma apontou três fatos noticiosos como os principais responsáveis por não ter vencido no 1º turno: “a história da Receita, que apareceu e agora desapareceu”, “a questão da Casa Civil, que não dizia respeito a mim”, e “a pior calúnia, que não se identifica, através de uma campanha na internet”, referência ao aborto. Leia na íntegra: O que Dilma disse e ouviu de aliados em reunião secreta (blog do Noblat – 05/10/2010)
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Saiba mais sobre como o tema do aborto está sendo visto dentro e fora da campanha petista: [Clique nos links]
Opinião flexível, editorial (Folha de S.Paulo – 06/10/2010)
“Uma vez que é impossível reescrever história de Erenice na Casa Civil, PT tenta mudar visão sobre aborto em busca de votos para Dilma Rousseff”, escreve a Folha em editorial.
“Ao impacto causado pelo escândalo envolvendo Erenice Guerra, principal auxiliar de Dilma na chefia da Casa Civil, somou-se nos últimos dias da campanha o peso de questões como a do casamento gay e da descriminalização do aborto. Eleitores contrários a essas propostas teriam identificado em Marina Silva uma representante mais confiável do que seria Dilma Rousseff.”
“‘Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas’, declarou o secretário de Comunicação do partido, André Vargas, num pânico eleitoral tardio, e em meio ao vale-tudo de sempre. Entre essas ‘feministas’ minoritárias, seria preciso incluir a própria Dilma Rousseff, que em 2007 se declarava favorável à descriminalização do aborto: ‘No Brasil, é um absurdo que não haja’.”
Nas trevas de Deus, por Fernando de Barros e Silva (Folha de S.Paulo – 06/10/2010)
“A despeito das suas diferenças, Dilma Rousseff e José Serra são oriundos da esquerda e pertencem ao campo progressista da política brasileira. É tanto mais esdrúxulo, por isso, que o segundo turno comece pautado, de ambos os lados, pela cabeça de Severino Cavalcanti. Disputa-se para saber quem é mais filho de Deus ou quem consegue ser mais dramaticamente contra a legalização do aborto.”
“Olha, eu acho que tem de haver descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, é um absurdo que não haja a descriminalização. Até porque nós sabemos em que condições as mulheres recorrem ao aborto. Não as de classe média, mas as de classes mais pobres deste país. O fato de não ser regulamentado é uma questão de saúde pública. Não é uma questão de foro íntimo, não.”
Deu no Painel da Folha
“Cláusula pétrea – Militantes versados no estatuto do PT afirmam: a resolução favorável à descriminalização do aborto foi aprovada em 2007 no 3º Congresso, instância suprema do partido. Seria, portanto, impossível revogar o texto por meio de uma simples reunião da Executiva Nacional petista.”
Coordenador do comitê de Dilma apoiava aborto (Folha de S. Paulo – 06/10/2010)
“‘Nossa posição é muito clara: na linha favorável à descriminalização do aborto.’ A frase é do deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência.
Foi dita em julho de 2008, quando o deputado orientava a votação dos colegas de partido sobre projeto de lei para legalizar o aborto.”
Candidatos já trataram problema como questão de saúde pública (O Estado de S. Paulo – 06/10/2010)
Discursos sobre tema desagradam prós e contras (Folha de S.Paulo – 06/10/2010)
Em seus discursos sobre o aborto, Dilma Rousseff e José Serra conseguem desagradar tanto os defensores quanto os críticos da descriminalização. Leia as opiniões dos médicos Anibal Fagundes, do Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas, e Thomaz Gollop, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí, e de Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil sem Aborto. [Leia as críticas a Dilma por posição sobre aborto]
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