(Folha de S.Paulo) “O contraste entre as crenças de Marina Silva e bandeiras libertárias que inspiraram a criação do PV provocou a primeira dissidência na sigla”, diz a reportagem.
Os dissidentes articulam o lançamento de uma nova legenda: o Partido Livre, “dedicado à defesa das minorias e de direitos individuais”. Segundo apurou a reportagem, eles “afirmam que a entrada da senadora, evangélica, fez o PV abandonar causas históricas como a legalização do aborto e a união civil de homossexuais. ‘Sofremos um estupro ideológico’, queixa-se a presidente do futuro partido, Rose Losacco. ‘Ajudei a fundar o PV e não posso admitir que joguem seu programa no lixo por causa das crenças de uma pessoa’, diz Rose.
A matéria informa que “para receber Marina, os verdes criaram uma cláusula de consciência que permite a filiados se opor a itens do estatuto do partido por convicções religiosas”.
A ala dissidente planeja anunciar apoio a Dilma Rousseff, pré-candida do Partido dos Trabalhadores. A justificativa é que ela apoiaria as causas renegadas por Marina.
A Folha informa ainda que o Partido Verde já havia sofrido outra baixa em protesto contra Marina. “O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, anunciou que vai trocar o partido pelo PT. Em abril, um vereador verde de Alfenas (MG) acusou a senadora de se recusar a receber uma bandeira arco-íris.”
Leia a matéria: Verdes “libertários” dizem que PV abandonou velhas causas e criam dissidência (Folha de S.Paulo – 22/05/2010)