(R7 Notícias) O Estado de São Paulo tem como meta eliminar a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus HIV até 2012. Para isso, irá reforçar o pedido de teste anti-HIV entre gestantes e criar mecanismos para garantir que elas tomem os remédios antirretrovirais corretamente e recebam o AZT injetável durante o parto, procedimentos necessário para não infectar o bebê. Outra meio de prevenção é oferecer ao recém-nascido um xarope de AZT nas primeiras quatro semanas de vida e não amamentá-lo.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nos últimos oito anos a incidência deste tipo de transmissão caiu 90% entre crianças menores de cinco anos em São Paulo.
A coordenadora do Programa Estadual de DST-Aids, Maria Clara Gianna, informa que a meta é chegar em dois anos ao máximo de duas crianças soropositivas a cada cem gestantes infectadas pelo HIV, número considerado como a eliminação do problema. Hoje são registrados cerca de três casos a cada cem gestantes.
Na opinião do infectologista Adauto Castelo Filho, chefe do Núcleo de Patologias Infecciosas na Gravidez da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), para atingir essa meta o ideal seria criar centros de referência de atendimento às gestantes soropositivas. “Eu sugeriria que o Ministério da Saúde usasse a estratégia que deu muito certo com a tuberculose que é especializar centros de referência, alguns para atender somente grávidas soropositivas, onde tem equipes multidisciplinares. Se forçar todos os centros a atender a grávida, acho difícil que tenha total êxito.”
Leia na íntegra: São Paulo cria meta para eliminar infecção de mãe para filho por HIV até 2012 (R7 Notícias – 26/07/2010)