(Adital) Educação sexual para decidir, anticoncepcionais para não abortar, aborto legal para não morrer. É com esse lema que organizações feministas latino-americanas e caribenhas celebram o 28 de setembro, escolhido como o Dia pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe.
A proibição do aborto na maioria dos países da região não impede que as mulheres recorram à prática para interromper uma gravidez indesejada. De acordo com informações da Rede Feminista de Saúde, mais de quatro milhões de mulheres latino-americanas e caribenhas abortam a cada ano e cerca de seis mil mulheres morrem todos os anos em decorrência da prática do aborto inseguro.
Além do problema de saúde pública, a Campanha ainda considera o aborto como uma questão de direitos humanos e de democracia, em que a mulher tem o direito de decidir sobre a gravidez.
Ao mesmo tempo, as organizações ligadas à Campanha também defendem o Estado laico e apontam a descriminalização do aborto como uma questão de justiça social, já que quem mais sofre com o aborto inseguro é a mulher pobre.
Alguns países da região continuam a proibir todos os tipos de aborto, inclusive o terapêutico, praticado quando a grávida corre risco de perder a vida. É o caso de Nicarágua, El Salvador, Chile e República Dominicana.
Leia essa matéria na íntegra: Dia 28 de setembro: data reforça luta pela descriminalização do aborto na região (Adital – 27/09/2011)