Pesquisa da Unifesp aponta que 53% das mulheres iniciaram a vida sexual entre 16 e 18 anos de idade

23 de setembro, 2015

(Maxpress, 23/09/2015) Levantamento mostra que 60% das jovens ainda têm vergonha de falar sobre sexo e contracepção. Avaliação faz parte das ações que integram campanha mundial de prevenção da gravidez não planejada

Falar sobre sexo e contracepção é mais comum nos dias de hoje, principalmente pelo início da vida sexual acontecer cada vez mais cedo. Apesar disso, a quantidade de informações disponíveis sobre os cuidados que devem ser tomados parece ainda não ser suficiente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 16 milhões de meninas entre 15 e 19 anos dão à luz todo ano, a maioria em países de baixa ou média renda (2014).

Uma pesquisa realizada pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), em parceria com a Bayer, entrevistou 2.000 mulheres acima dos 14 anos de idade, de quatro capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador), e revela que 53% das mulheres iniciaram sua vida sexual entre 16 e 18 anos de idade, sendo que, do total de participantes, 92% afirmam usar algum método contraceptivo.

Apesar do índice positivo sobre o uso de métodos contraceptivos, 60% delas ainda têm vergonha de falar sobre sexo e contracepção. Quando perguntado sobre qual motivo de tamanha vergonha, 44% dizem que consideram algo muito íntimo. “Quando se trata de adolescentes, a gravidez não planejada pode não só representar um susto, mas um sério risco à saúde, sendo um dos principais contribuintes para a mortalidade materna. É fundamental que as jovens se previnam busquem orientação correta, sempre com o acompanhamento de um especialista. Conscientizar ainda é a melhor forma de prevenir”, alerta o Prof. Afonso Nazário, do Departamento de Ginecologia da EPM-Unifesp.

As principais causas da gravidez não planejada estão relacionadas à falta do uso de métodos contraceptivos seguros, problemas de adesão ao método, mau uso do método escolhido ou a acomodação do casal em relação aos cuidados preventivos. De acordo com a pesquisa, 81% das mulheres conhecem alguém que engravidou antes dos 16 anos.

Apenas 31% das entrevistadas afirmaram já ter tido uma conversa positiva sobre sexualidade com os pais ou responsáveis. “A gravidez em jovens é o reflexo da falta de acesso à informação. Nessa fase, é necessário que tanto os responsáveis como as escolas estimulem a ida ao ginecologista e conversem com os adolescentes sobre os riscos da falta de cuidado com a vida sexual, que podem comprometer uma ou mais vidas”, completa Dr. Nazário.

Um novo comportamento
Com o avançar dos anos, o tema sexualidade vem sendo abordado com mais naturalidade. Para 62% das entrevistadas o tema “virgindade” não é mais um tabu e para um pouco mais da metade (51%) o sexo representa um prazer pessoal. No quesito sexo sem compromisso, 32% das jovens disseram que estão abertas à prática. Em contrapartida, 26% indicam que jamais fariam.

Com relação à contracepção, no final do ano passado, a Associação Americana de Pediatria divulgou uma nova diretriz recomendando o uso de DIU e implantes hormonais para evitar gravidez na adolescência, e a pesquisa comprovou que existe adesão significativa a esses métodos. Segundo o estudo da EPM-Unifesp, entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres estão camisinha (35%), pílula anticoncepcional (34%) e contraceptivos de longa duração como DIU e implante (13%). Os números indicam ainda que 77% das mulheres têm o hábito de ir ao ginecologista.

Embora a vida sexual esteja iniciando mais cedo e os jovens possuam mais acesso a informações, os índices de gravidez não planejada ainda são elevados. Para 45% das entrevistadas o principal motivo seria a irresponsabilidade e 26% acham que a causa principal é o esquecimento ou uso incorreto do método de prevenção escolhido. Quando perguntado sobre a postura do parceiro em relação à contracepção, 58% das mulheres disseram que a decisão é exclusivamente delas.

Gravidez e relacionamento
Para a maioria das entrevistadas (56%), a contracepção representa segurança e cuidado com a própria saúde, ficando à frente da preocupação com o planejamento familiar (26%). Quando perguntadas sobre uma possível gestação, 44% dizem que não saberiam o que fazer se descobrissem a gravidez ainda na adolescência, sendo que 31% consideram a depressão e a diminuição da autoestima como as principais consequências negativas que podem ser desencadeadas neste cenário.

A preocupação com a vinda de um bebê sem planejamento é algo delicado em todas as faixas etárias, mas para 66% das jovens ouvidas, isso atrapalharia os planos para o futuro, como estudo e carreira. Um outro ponto que chama a atenção é a importância do relacionamento com o parceiro, desde o ato sexual, a escolha do método contraceptivo em conjunto, até a perspectiva de futuro. Para as entrevistadas, o mais importante num relacionamento, por ordem de relevância, é: família e planos futuros (22%), amor (22%), companheirismo (15%) e sexo (14%).

É sua vida, é seu futuro
Com o objetivo de melhorar a educação sexual, promover a conscientização sobre a contracepção moderna e reduzir os altos índices de gravidez não planejada e/ou de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em todo o mundo, foi criado o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez Não Planejada, que acontece em 26 de setembro. Cada ano a campanha tem um tema, e o de 2015 é : “É sua vida, é seu futuro” e o mote digital #umaamigaminha #umamigomeu.

A ação é uma iniciativa de ONGs e sociedades internacionais – com apoio mundial da Bayer, e acontecerá pelo nono ano consecutivo em mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina. No Brasil, a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) é parceira do projeto. No site www.vivasuavida.com.br, desenvolvido especialmente para a campanha, é possível encontrar diversas informações sobre sexo seguro, gravidez e contracepção, entre outros temas.

Bayer: Se é Bayer, é bom (Science For a Better Life)

A Bayer é uma organização global com competências centrais focadas em Ciências da Vida nas áreas de saúde e agricultura. Os produtos e serviços da empresa são projetados para beneficiar a população e melhorar sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o Grupo tem como objetivo criar valor através da inovação e crescimento. A Bayer está comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e com sua responsabilidade ética e social como uma empresa consciente. Em 2014, o Grupo empregou 119.000 pessoas e teve um faturamento de EUR 42,2 bilhões. As despesas de capital chegaram a EUR 2,5 bilhões e os investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) totalizaram EUR 3,6 bilhões. Estes valores incluem dados do negócio de polímeros de alta tecnologia, que será lançado no mercado de ações como Covestro em meados de 2016, no mais tardar.

Burson-Marsteller

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