Saúde sexual e reprodutiva, violência e discriminação e distribuição de materiais de prevenção foram alguns dos temas discutidos em encontro nacional do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP). Evento contou com a participação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
(ONU Brasil, 07/10/2016 – acesse no site de origem)
“Precisamos falar de educação e de saúde sexual e reprodutiva, precisamos falar de violência e de discriminação”. O alerta é da diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, que participou ao final de setembro do 7º Encontro Nacional do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP), em Porto Alegre.
Reunindo participantes de diversas partes do país em debates e oficinas, o evento discutiu temas como violência de gênero, saúde integral, estigmas que afetam as mulheres que vivem com HIV e as atuais estratégias de combate às infecções sexualmente transmissíveis, à Aids e às hepatites virais. A distribuição de materiais de prevenção, principalmente o preservativo feminino, também entrou na pauta das atividades.
O encontro teve como objetivo a elaboração de relatórios e encaminhamentos para a 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher.
Para Georgiana, a ocasião “foi de extrema importância para falar da saúde das mulheres em sua integralidade e especificidade”. “Essas mulheres são incrivelmente fortes e, juntas, compartilham de uma grande energia capaz de promover as mudanças e conquistas tão necessárias para elas”, destacou a representante da agência da ONU.
A diretora nacional do UNAIDS ressaltou ainda que uma das forças do MCNP é sua ligação com outros movimentos, “quer sejam de mulheres, de mulheres negras, lésbicas, bissexuais, transexuais e jovens”.
As atividades do evento incluíram a exibição do filme Meu Nome é Jacque, que apresenta a trajetória da ativista e ex-funcionária do UNAIDS, Jacqueline Côrtes. O longa aborda sua identificação como mulher transexual e a descoberta de que vivia com HIV.
“Queremos nos fazer ouvir por todos os movimentos que envolvem as mulheres, queremos falar sobre todos os tipos de violência que elas sofrem”, enfatizou a ativista e liderança nacional do MNCP, Silvia Aloia.