(ONU Brasil, 13/11/2014) Quase 30% das jovens latino-americanos se tornaram mães antes de completar 20 anos de idade e a maioria delas pertence aos níveis socioeconômicos mais desfavorecidos, de acordo com novo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Com isso, a reprodução da pobreza entre gerações aumenta e a autonomia das mulheres para empreender seus projetos de vida fica comprometida. Além disso, se torna evidente a necessidade de priorização de políticas públicas a favor da saúde reprodutiva e da educação sexual integral.
O documento da ONU, ‘A reprodução na adolescência e suas desigualdades na América Latina‘, ressalta que a porcentagem dos casos de maternidade entre o total de adolescentes entre 15 e 19 anos já diminuiu na região entre os anos de 2000 e 2010. A proporção de mães entre 19 e 20 anos também decaiu nesse período, retornando a 28%, valor quase idêntico ao registrado em 1990.
No entanto, a região apresentou a segunda menor taxa de redução da fecundidade adolescente nos últimos vinte anos, ficando apenas atrás de África Subsaariana. O relatório informa que os resultados não atenderam às expectativas, frente à intensa queda da fecundidade em outras regiões e aos indicadores de níveis de vida – como educação e saúde – situados acima da média dos países em desenvolvimento.
A intensidade reprodutiva – número de filhos por mulher – diminuiu em todos os grupos sociais; porém, a idade média em que as mulheres tem seu primeiro filho continua baixa, em especial no setores de menor nível socioeconômico. Cerca de 17,5% das crianças na América Latina e no Caribe nasceram de pais jovens – superando a média mundial de 11,2%.
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