(Correio Braziliense) Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), assina artigo em que alerta sobre a importância do processo de avaliação do teto para a realização de mamografias no país. Até o final de junho cidadãos e profissionais de saúde pública poderão estabelecer o máximo de mamografias disponíveis mensalmente para cada município, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O processo terá como base a avaliação do número de mamografias solicitadas para cada cidade do país até junho deste ano.
“Trata-se de uma chance e tanto. A mamografia é o principal exame para a detecção precoce do câncer de mama. Através dela, podem ser encontrados nódulos bem pequenos, que não aparecem em exames feitos pelo exame médico ou autoexame das mamas. E, para o câncer de mama, chegar cedo é fundamental: as chances de cura de quem descobre antes podem chegar a 95%. Nossos índices de mortalidade são muito elevados diante de chances de cura tão boas. Isso significa que nossas mulheres estão chegando tarde. E é inaceitável que se morra tanto de uma doença que pode ser curada em praticamente todos os casos,” escreve Maira Caleffi.
O câncer de mama em números
No Brasil, para cada 100 mil mulheres há uma média de 49 casos da doença. Só em 2009, mais de 1,5 milhão de mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama no mundo. De 1975 a 2000, o total mundial de casos de câncer de mama dobrou. Segundo a presidente da Femama, até 2020 esse número irá dobrar novamente e até 2030 deve triplicar.
“No Brasil, contamos com a Lei nº 11.664/08, que entrou em vigor em 29 de abril de 2009. Ela garante a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres de mama e do colo do útero, no âmbito do SUS. Garante, também, o acesso à mamografia acima dos 40 anos e ao exame citopatológico de colo uterino a todas que já tenham iniciado sua vida sexual. É um grande avanço, certamente, mas precisamos ainda trabalhar muito para fazer com que essa lei se torne realidade na prática e mais vidas possam ser salvas.”
Leia o artigo na íntegra: Brasileiros na luta contra o câncer de mama, por Maira Caleffi (Correio Braziliense – 14/06/2010)