(O Estado de S.Paulo) As mulheres pobres e sem estudos têm as mais altas taxas de fecundidade do País, muito acima da taxa de reposição da população, de 2,1 filhos por mulher. A taxa nacional, divulgada no ano passado, é de 1,86, e, se for mantida, indica queda na população a partir de 2030.
Os novos números mostram que as mulheres com renda per capita de até um quarto do salário mínimo mensal têm 3,9 filhos, em média. Entre as mães sem estudos ou com o fundamental incompleto, a taxa é de 3,09 filhos. A média cai para 1,14 no caso de mulheres que têm curso superior. As indígenas foram as únicas que não registraram queda na taxa de fecundidade: 3,88. As negras e pardas estão ligeiramente acima da taxa de reposição, com 2,12 filhos. Entre as brancas, a taxa é de 1,63. As mulheres com mais instrução e mais renda têm filhos mais tarde, com idades entre 30 e 34 anos, em média, enquanto as de menor escolaridade e mais pobres são mães entre os 20 e os 24 anos.
Acesse em pdf: Taxa de fecundidade chega a 3,9 filhos entre mulheres com pouco estudo e renda (O Estado de S. Paulo – 18/10/2012)