(Jornal Hoje)Em 2010, quase 327 mil pessoas morreram vítimas de doenças do aparelho circulatório no Brasil. As mortes de homens superaram as de mulheres. Mesmo assim, o número de mulheres com doenças cardiovasculares vem aumentando e hoje o coração já é a principal causa de morte entre elas.
“Quarenta anos atrás você tinha uma mulher para cada nove homens que desenvolviam doença cardiovascular. Atualmente você tem duas mulheres para cada três homens que desenvolvem a doença cardiovascular”, fala a cirurgiã cardiovascular, Magaly Arrais.
Estudos médicos apontam que no Brasil uma em cada cinco mulheres tem risco de sofrer um infarto. E nelas, costuma ser mais grave, pode levar a morte. O que preocupa os médicos é que, diferentemente dos homens, as mulheres nem sempre percebem os sinais de que algo está errado.
“Geralmente a mulher não presta atenção nesses sintomas, ela acha que é tudo, que é um problema na coluna, que é um problema no braço porque ela carregou a criança, carregou a sacola muito pesada, mas ela não pensa que pode estar tendo um problema cardiovascular”, fala a cirurgiã.
Um dos principais sinais de que algo pode estar errado está no colesterol. O bom, HDL, deve estar acima de 50 mg/dl. O mau, LDL, abaixo de 100 mg/dl. A pressão arterial não deve passar de 12 por 8.
Tenha como aliada também a fita métrica. A circunferência do abdômen, que deve ser medida um dedo abaixo do umbigo, não deve passar dos 80 centímetros em mulheres e dos 102 centímetros em homens.
A empresária Alice Morbi Ribeiro entrou no hospital caminhando e foi direto para a mesa de cirurgia. “Entrei para fazer um exame e fui pega assim muito de surpresa”.
Depois do susto, fica o conselho: “é estar sempre fazendo o acompanhamento da mesma forma que a mulher faz o acompanhamento com ginecologista, que ela vá no cardiologista”, fala a empresária.
Acesse em pdf: Uma em cada cinco mulheres corre risco de sofrer infarto (Jornal Hoje – 29/09/2012)