‘É um prêmio muito importante para as muitas pessoas que trabalham com este tema’, diz Claudia Goldin
“Nunca teremos igualdade de gênero até que também tenhamos igualdade entre casais”, disse a vencedora do Nobel de Economia deste ano, Claudia Goldin, ao jornal americano New York Times, após o anúncio do prêmio.
Ela estava dormindo quando recebeu a ligação informando sobre o prêmio – ela havia se levantado mais cedo para deixar o cachorro sair, mas voltou para a cama. Ela disse que estava “encantada”.
Ela afirmou esperar que as pessoas tirassem do seu trabalho a importância das mudanças a longo prazo para a compreensão do mercado de trabalho.
“Vemos um resíduo da história à nossa volta”, disse ela, afirmando que as estruturas sociais e familiares nas quais as mulheres e os homens crescem moldam o seu comportamento e resultados econômicos.
Embora tenha havido “mudanças progressivas monumentais, ao mesmo tempo existem diferenças importantes” que muitas vezes estão ligadas ao fato de as mulheres fazerem mais trabalho em casa, afirmou ela.
Goldin tem doutorado em economia pela Universidade de Chicago. Ela costuma ser coautora de artigos com o marido, Lawrence Katz, também economista da Universidade de Harvard.
Professora Henry Lee de Economia na Universidade de Harvard, ela é há muito tempo uma pioneira na área – foi a primeira mulher a receber uma oferta de cargo no departamento de economia de Harvard, em 1989.
À agência AFP, Goldin afirmou que o prêmio é um reconhecimento às pessoas que estudam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho.