(Universa | 20/10/2020 | Por Fabiana Batista)
Em 1928, Celina Guimarães Viana foi, segundo o TSE, a primeira mulher a votar no Brasil. À época, a professora encontrou uma brecha na lei do estado onde vivia que dizia: “No Rio Grande do Norte, poderão votar e ser votados, sem distinção de sexo, todos os cidadãos que reúnem as condições exigidas por esta lei”. O fato repercutiu mundialmente.
Depois de mais de 90 anos, conseguir votar não é mais um feito extraordinário para uma mulher -52,5% do eleitorado brasileiro é feminino. Mas esse número não é acompanhado por uma representatividade semelhante nas urnas: na última eleição, apenas 16,2% dos candidatos eleitos eram mulheres, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Para mudar esse cenário, desde as últimas eleições, vêm surgindo iniciativas com o foco de incentivar o voto em mulheres. Universa conversou com representantes de duas delas: a Vote Nelas e a Meu Voto Será Feminista. Suprapartidárias, elas reúnem mulheres de todo o Brasil que participam de grupos de estudo e ações de rua para ampliar a visibilidade de candidaturas femininas.