21/07/2010 – Procuradora monitora campanhas com rigor (Folha/Estadão)

21 de julho, 2010

(Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo) A vice-procuradora-geral eleitoral e subprocuradora-geral da República Sandra Cureau tem ganhado as manchetes dos jornais por seu monitoramento rigoroso das campanhas eleitorais, visando coibir possíveis abusos. 

A procuradora ingressou no Ministério Público em 1976, tendo atuado em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, até ser promovida a subprocuradora-geral da República, em 1997.

Segundo a reportagem da Folha, a primeira experiência de Sandra Cureau em eleições foi em 1986, quando entrou com “toneladas de ações” contra o principal candidato à Câmara. “Não deu em nada. ‘Caí na real. Aprendi que não adiantam só provas robustas, há outras coisas envolvidas. Ele era campeão de voto e do partido do governador. E os juízes dependiam dos governadores até para serem promovidos'”, diz a procuradora.

“De formação católica, reza toda noite e usa duas fitinhas no pulso: uma do Senhor do Bonfim (BA) e outra do Padre Donizetti (SP). Mas não é praticante e é a favor do aborto”, diz a reportagem, que reproduz a seguinte frase da procuradora: “Há casos em que seria perfeitamente justificável [abortar]. Não faz sentido uma pessoa paupérrima ter dez filhos, nem uma mãe com um filho anencéfalo para botar num caixão”.

Embora o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirme que, em sua avaliação, Sandra Cureau está “extrapolando as suas funções”, levantamento feito pelo Estadão mostra que o Ministério Público abriu mais representações contra a candidatura de José Serra e o PSDB do que contra o PT e a candidata Dilma Rousseff. Segundo dados fornecidos pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, é autora de 16 ações contra a campanha de Serra e de 12 contra a de Dilma.

Em entrevista à Folha, Sandra Cureau declarou que gostaria que o Brasil tivesse uma mulher presidente, mas não sabe ainda em quem votar.

Sandra Cureaou acha que as multas eleitorais são muito baixas, critica a atual legislação e afirma que “processo envolvendo pessoas poderosas não dá em nada”.

Acesse na íntegra:
Procuradora rebelde (Folha de S.Paulo – 21/07/2010)
Procuradora aciona mais PSDB do que o PT (O Estado de S. Paulo – 21/07/2010)

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