24/10/2011 – Cristina Kirchner é reeleita e mulheres ganham destaque na campanha eleitoral argentina

24 de outubro, 2011

(Terra/O Globo) Primeira mulher a ser reeleita presidente na América Latina, a argentina Cristina Kirchner conquistou uma vitória esmagadora com 53,96% dos votos, após a apuração de 98% das urnas, o maior triunfo desde o retorno da democracia em 1983. A vitória foi garantida com ampla margem em relação a seus concorrentes – como o socialista Hermes Binner e Ricardo Alfonsín, União Cívica Radical, que obtiveram, respectivamente 16,87% e 11,15% dos votos.

Critina Kirchner é também a primeira mulher reeleita na história da Argentina, para um mandato até 2015, e registrou o maior número de votos desde a redemocratização, superior aos 51% de Raúl Alfonsín em 1983.

Mulheres argentinas conquistam espaço na política
A participação das mulheres na política argentina a cada dia vem ganhando maior importância. Isso ficou evidente ao longo de toda a campanha para as eleições presidenciais, legislativas e provinciais realizadas neste domingo. Além do destaque obtido nos últimos anos pela candidata à reeleição presidencial, Cristina Kirchner, as mulheres têm participação substancial nas listas de deputados dos principais partidos e na disputa por outros cargos no Executivo.

Na lista de candidaturas a deputados nacionais por Buenos Aires da Frente para a Vitória, o partido do governo, três dos sete primeiros são mulheres. Já na União para o Desenvolvimento Social, uma das principais coligações de oposição ao atual governo, dois dos cinco principais candidatos são do sexo feminino.

Além disso, há mulheres que concorrem à presidência e vice-presidência. Entre as primeiras, além da atual presidente, está Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, que atualmente é deputada nacional. Na disputa a vice-presidente, está Norma Morandini, senadora pela província de Córdoba.

Com cotas, Argentina é destaque mundial
A participação de mulheres na política argentina começou a se intensificar principalmente a partir da lei aprovada há duas décadas, que estabelece uma cota de no mínimo 30% de mulheres entre o total de candidatos ao Legislativo. Hoje a presença de mulheres na Câmara de Deputados é de 38%.
Assim, a Argentina situa-se entre os 12 países no mundo com maior participação feminina no Parlamento. O Brasil está muito distante, com as deputadas representando cerca de 10% do total de parlamentares.

Mudanças provocadas por mulheres
A presença feminina proporciona a inclusão de novos temas na pauta do Congresso e permite novos olhares sobre assuntos que já vinham sendo discutidos. A candidata a deputada María del Carmen Bianchi explica que, nos últimos anos, houve um grande avanço em políticas direcionadas às mulheres. “Modificaram-se partes do código civil, do código penal, do código de família, além de várias legislações de segunda linha que não permitiam o reconhecimento da mulher em igualdade de condições”, destacou a candidata.

Leia a matéria completa: Mulheres têm lugar de destaque na campanha eleitoral argentina (Terra – 22/10/2011)

Veja também: 23/10/2011 – Mulheres são metade das candidaturas na Tunísia, mas isso não garante equidade

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/24/cristina-kirchner-vence-com-54-dos-votos-so-perde-em-uma-provincia-925640412.asp#ixzz1bic0wCrN

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