(Adital) Convictas de que o Chile precisa de uma nova ordem social sexual, representantes do Centro de Estudos da Mulher (CEM), Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Mulher (Cedem), Corporação Humanas, Corporação La Morada, Fundação Dialoga, Movimento Pró Emancipação da Mulher Chilena (MEMCH) e Observatório de Gênero e Equidade lançaram há poucos dias a campanha Mais Mulheres ao Poder – Por uma democracia paritária.
A intenção é conseguir a inserção de mais mulheres em cargos de decisão pública e representação popular. As demandas principais se resumem em: nova Constituição Política, fim do sistema binominal, com um sistema eleitoral que garanta a representatividade; leis para a igualdade, com a participação igualitária de homens e mulheres na tomada de decisões públicas; partidos políticos paritários e financiamento preferencial para campanhas de mulheres.
Além destas demandas, Mais Mulheres ao Poder se propõe a gerar um debate com o poder público e a população sobre a urgência de se aprofundar a democracia, acontecimento que não será possível sem a participação das mulheres.
Durante o lançamento da campanha, realizado na Praça da Constituição, as mulheres lançaram um questionamento com o intuito de fazer a população pensar: Você não acha que falta algo à democracia para que ela possa avançar? E a resposta é sim, falta maior participação das mulheres na política, asseguram.
A campanha, não por acaso foi lançada neste ano. 2012 é um ano eleitoral e esta é uma oportunidade para que as mulheres se encorajem a enfrentar uma candidatura nos pleitos locais.
A campanha dispõe de spot, três mini-programas para rádio, folhetos, etiquetas e emblemas. O material está disponível para todos aqueles e aquelas interessados em ajudar a divulgar a campanha na Internet e redes sociais.
Atualmente, as chilenas constituem 53% do eleitorado e 43% da força laboral, mesmo assim, seu poder de decisão é escasso, prova disso é que a participação feminina em cargos de representação popular no país só chega a 12,7%, cifra abaixo da média latino-americana, que é de 20%. No Senado chileno, elas representam 5%, entre os deputados são 13% e no gabinete presidencial, 18%.
Mais informações sobre a campanha em: www.masmujeresalpoder.cl
Acesse em pdf: Organizações feministas lançam campanha ‘Mais Mulheres ao Poder’ (Adital – 26/01/2012)