(Folha de S.Paulo) Deu na coluna Mercado Aberto, de Maria Cristina Frias:
‘A presença de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas brasileiras, que já era considerada tímida, não apresentou avanço nos últimos anos.
A conclusão aparece em dados preliminares de um estudo da Escola de Direito de São Paulo da FGV, que será finalizado em 2013, e cujo resultado pode ser usado no debate sobre o desenvolvimento de legislação de incentivo à maior participação feminina.
“Desde 2007 não houve grandes melhorias. Não só o Brasil tem números baixos, como está estagnado. É preciso pensar ações para inserir”, diz Ligia Sica, da Direito GV.
O setor financeiro tem menor propensão a incluir mulheres no grupo, onde o percentual médio de conselheiras é de 2,9%, ante 6,5% nos demais setores. Nenhuma empresa financeira tem alta proporção de mulheres.
Nos conselhos de administração das cem empresas de maior valor de mercado da BM&F/Bovespa, a presença feminina é de 6%, enquanto o percentual de homens e mulheres em cursos superiores é equivalente.
A Noruega, um dos países mais desenvolvidos na inclusão, tem 44% de mulheres nos conselhos. “O país instituiu por lei uma quota”, diz.
No Brasil, a maior participação feminina tem relação com controle familiar. Em 15,9% das empresas de controle familiar há alta proporção de mulheres, segundo dados do pesquisador Alexandre di Miceli, da FEA-USP.’
Acesse em pdf: Presença feminina em conselhos está estagnada (Folha de S.Paulo – 30/03/2012)