(O Globo | 25/04/2021 | Cássia Almeida)
RIO – As mulheres são 72% dos trabalhadores da saúde, mas, quando elas alcançam cargos de chefia, a distância salarial em relação aos homens é enorme. Mulheres em posições de liderança no setor ganham, em média, 37% do que recebem homens em cargos equivalentes.
É o que apuraram as pesquisadoras Cristiane Soares e Hildete Pereira de Melo, da UFF, ao analisar o emprego na saúde, a partir de dados do terceiro trimestre de 2020 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), do IBGE. Eles ganham, em média, R$ 25.073. Elas, R$ 9.215.
Essa distância é bem mais acentuada que a verificada entre profissionais em cargos de direção no mercado de trabalho como um todo, no qual mulheres ganham 66% da remuneração média dos homens. Na educação, um ramo também majoritariamente feminino, o percentual é mais alto, de 85%, ainda que permaneça a desigualdade.