(SPM, 17/07/2015) A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), Eleonora Menicucci, recebeu nesta quinta-feira (16/07), representantes da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac). As trabalhadoras estão preocupadas com os altos índices de aborto espontâneo entre as funcionárias de frigoríficos e solicitaram apoio da SPM para elucidar e resolver a questão.
De acordo com estudo elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, quando comparadas a outras categorias, as gestantes que trabalham na indústria da carne desenvolvem risco 444% maior de afastarem-se do trabalho por hemorragia no início da gravidez. A pesquisa baseou-se em dados do INSS. Para o consultor médico da Contac, Dr. Roberto Ruiz, uma das hipóteses é a exposição das trabalhadoras da área à amônia, composto químico usado para conservação das carnes.
Outra pesquisa apresentada pela Contac, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Indústria de Carnes e Derivados de Chapecó/SC, indicou que de 292 pessoas questionadas, 83 alegaram conhecer alguma colega de trabalho que tenha sofrido aborto espontâneo. Segundo Marilene Moreira, que trabalha em um frigorífico de aves e suínos no Paraná, a maioria das funcionárias da empresa é mulher e várias já relataram ter sofrido com o mesmo problema. “Houve um caso de grande vazamento de amônia em Cascavel e no dia seguinte uma gestante que passava por uma gestação normal teve sangramento. Poucos dias depois, outra também teve”, lembrou.
Segundo Ruiz o objetivo da Contac é comprovar os riscos da atividade na área para a saúde da gestante e obter alguma medida de segurança preventiva para as trabalhadoras. “Resolvemos procurar a ministra Eleonora por conhecer a sua luta pelos direitos das mulheres”, destacou.
A ministra determinou que a Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas da SPM, faça um levantamento dos estudos que existem sobre este tema.
Comunicação Social
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