Formalização de mulher empreendedora é maior, diz pesquisa do IBGE

07 de julho, 2016

(Correio Braziliense, 07/07/2016) Instituto mostra que 11,8% das pessoas do sexo feminino que trabalham por conta própria são MEI. Entre os homens proporção é menor, 9,6%

As mulheres seguem dando mostras de que são o sexo forte. Apesar das dificuldades e incertezas da tarefa de empreender em um país com carga tributária tão alta como o Brasil, elas lideram, proporcionalmente, a formalização por meio do programa de microempreendedor individual (MEI). Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, em 2014, 18,15 milhões de pessoas trabalhavam por conta própria, ou como empregadores de um único trabalhador. Do total de homens nessas condições — 11,63 milhões — apenas 9,6% eram formalizados, enquanto que, do número de mulheres na mesma situação — 6,52 milhões —, 11,8%, ou 766 mil, estavam cadastradas no MEI.

Na opinião do economista-sênior da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, é provável que a proporção de pessoas do sexo feminino formalizadas continue acima dos homens, principalmente por conta do aumento do desemprego. “Há dois anos a economia já não estava bem. É possível que mais mulheres tenham aderido ao MEI por vislumbrar uma oportunidade de ganhos, além de reforçar o orçamento familiar”, destacou. Dados do IBGE mostram que, no trimestre encerrado em maio deste ano, 22,97 milhões de pessoas estavam trabalhando por conta própria — um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2015.

Receita

Filha de uma tradicional confeiteira alemã, Anke Weise, 40 anos, resolveu formalizar o talento na cozinha. Mesmo trabalhando sozinha, se tornou uma microempresária, em setembro do ano passado, para reforçar a renda familiar com a receita antiga de torta alemã da mãe.

Hoje, o negócio extrapolou todas as expectativas da confeiteira. Por mês, são vendidas cerca de 60 tortas e o cardápio já dispõe de seis opções. Com tanto sucesso, Anke planeja contratar alguém para ajudá-la na cozinha e ter um espaço próprio para o preparo dos doces. “Não tenho ninguém nem para lavar a louça. Contando todos os preparativos e decoração, são mais de duas horas por torta. Está difícil atender à demanda das encomendas”, disse ela, que planeja ir muito além com as vendas. “Quero proporcionar uma experiência única ao cliente”, explicou.

Rodolfo Costa

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