Mulheres deveriam ganhar mais que homens no Brasil, diz OIT

04 de dezembro, 2014

(G1, 04/12/2014) Mulheres no mercado de trabalho em várias partes do mundo são, em média, mais educadas, mais experientes e mais produtivas do que seus colegas do sexo masculino, mas ainda ganham salários menores, apontou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta quinta-feira (4).

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No seu mais recente Relatório sobre Salário Global, a OIT concluiu que homens recebiam mais do que as mulheres em todos os 38 países analisados, mostrando que o “fosso salarial entre gêneros” continua firmemente enraizado no mundo inteiro.

A maior diferença na remuneração está nos Estados Unidos, onde as mulheres ganham, em média, US$ 64,20 para cada US$ 100 recebidos pelos homens. Essa discrepância poderia ser explicada, em grande parte, por fatores como a maior produtividade, educação ou experiência dos homens, disse a OIT.

No entanto, na Europa, na Rússia e no Brasil, as mulheres pontuaram mais do que os homens nestes quesitos, mas as disparidades salariais ainda persistem.

“Um dos fatores responsáveis por isso é a discriminação”, disse a vice-diretora-geral da OIT, Sandra Polaski. “Pode haver fatores diferentes em países diferentes, mas certamente a discriminação faz parte disso.”

Em média, nos 26 países europeus pesquisados, as mulheres deveriam receber 0,9% a mais do que os homens, com base nestes fatores, mas elas realmente ganham 18,9% menos.

No Brasil, na Rússia, na Dinamarca, na Suécia e na Lituânia, o prêmio salarial para as mulheres equivaleria a mais de 10%. Na Eslovênia, o valor era de 18,5%.

Na China, a remuneração das mulheres e dos homens deveria ser praticamente a mesma com base nestes fatores, com um prêmio de 0,2% para as mulheres. Mas as chinesas estão efetivamente recebendo 22,9% menos do que os homens.

Rússia e Brasil foram os países onde os salários das mulheres registraram a maior diferença em relação ao pagamento que seria esperado.

Na Rússia, as mulheres ganham 32,8% menos do que os homens, mas os “fatores observáveis” medidos pela OIT, que também incluem o setor e a função em que trabalham, deveriam dar a elas um salário 11,1% superior.

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