(Patrícia Negrão, da Agência Patrícia Galvão) A Marcha das Margaridas, maior mobilização de trabalhadoras rurais da América Latina, levará a Brasília, nos dias 16 e 17 de agosto, mais de 70 mil mulheres de todos os Estados do país. Em sua quarta edição – a primeira aconteceu em 2000, depois em 2003 e 2007 – a Marcha das Margaridas incorporou neste ano, além de propostas e reivindicações das mulheres do campo e da floresta, também ações em parceria com as mulheres das cidades.
Em entrevistas exclusivas para a Agência Patrícia Galvão, Carmen Foro, Guacira Oliveira e Silvia Camurça falam de suas experiências e expectativas com a Marcha das Margaridas 2011.
“Construímos juntas a agenda de prioridades dos territórios para, só então, fazermos pressão junto ao governo federal”
“A cada Marcha, contamos com um número maior de participantes e conseguimos maior visibilidade e amadurecimento das nossas reivindicações”, comemora Carmen Foro, que está à frente da Secretaria de Mulheres da Contag e é a responsável pela organização da Marcha este ano.
Carmen Foro, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e secretária nacional de Meio Ambiente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Brasília /DF
Tel. (61) 2102.2288 – [email protected]
Leia a entrevista com Carmen Foro na íntegra.
“As mulheres que não fazem parte do sistema político ocupado por homens chegam a Brasília para dizer que existem, que têm exigências, demandas e rumo para a sociedade”
Para Guacira Cesar de Oliveira, socióloga do colegiado de gestão do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria), a Marcha floresce amanhã; é o ápice da colheita. “As trabalhadoras rurais, as mulheres da floresta, as ribeirinhas – mulheres que não fazem parte do sistema político ocupado por homens – chegam a Brasília para dizer que existem, que têm exigências, demandas e rumo para a sociedade. E elas não estão olhando só para si mesmas, o que já seria muito importante, mas para o Brasil todo“, afirma Guacira, que participou do processo de construção da Marcha das Margaridas.
Guacira de Oliveira – socióloga do colegiado de gestão do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras e do Fórum de Mulheres do Distrito Federal
Brasília/DF
Tels. (61) 3224.1791 / 9984.5616 – [email protected]
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“A Marcha é uma demonstração da força e da capacidade política de organização e mobilização das mulheres rurais”
“A Marcha é uma demonstração da força e da capacidade política de organização e mobilização das mulheres rurais. Os movimentos sindicais rurais mistos nunca conseguiram juntar tantas pessoas”, afirma a socióloga e ativista feminista Silvia Camurça, da Articulação de Mulheres Brasileiras, que também participou da formulação da Marcha das Margaridas. “Uma novidade, este ano, é a aliança das mulheres do campo e da floresta com as urbanas.”
Silvia Camurça, socióloga, integrante da ONG SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e da Articulação de Mulheres Brasileiras
Recife/PE
Tel. (81) 3087.2086 / 9937.8635 – [email protected]/[email protected]