Eles também são mais jovens e têm menos tempo de profissão, mas pouca experiência não explica sozinha os baixos salários, diz ordem
A proporção de advogados na menor faixa salarial da categoria é maior entre negros e mulheres, segundo levantamento da OAB (Ordem de Advogados do Brasil) que traçou perfil dos profissionais do país.
Os dois segmentos também são mais jovens e têm menos tempo de carreira, o que pode indicar uma recente democratização da profissão, apesar do quadro de desigualdade.
O pouco tempo de atuação, entretanto, não justifica por si só os menores salários, avalia a entidade.
No sentido inverso, mais homens e pessoas brancas atingem faixas maiores de renda e tempo de profissão.
Os dados são do 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira.
O estudo foi feito com uma amostra de 20.885 entrevistados, que representam o universo de 1.370.476 advogados inscritos na OAB. A margem de erro máximo é de menos de 1 ponto percentual para mais ou menos.
O levantamento considerou dados do CNA (Cadastro Nacional da Advocacia) e de questionário estruturado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo a pesquisa, 34% do total de profissionais ganham até dois salários mínimos (até R$ 2.640).