(DataSenado, 02/10/2014) “Você prefere votar em homens ou em mulheres?” Essa não é uma questão relevante na escolha dos brasileiros sobre quem querem eleger. Para 83% da população, o sexo do candidato não faz diferença na hora de votar. Para reforçar que não levam em conta o sexo, 79% alegam já ter votado em alguma mulher para ocupar um cargo político.
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Isso é o que revela a recente pesquisa do DataSenado, em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher, sobre a participação e a representação da mulher na política brasileira. A pesquisa – primeira do gênero realizada no país – foi feita entre os dias 12 de agosto e 3 de setembro, com abrangência nacional.
O fato de já termos eleito uma mulher para a Presidência da República fortaleceu o contexto favorável à eleição de mais mulheres na política brasileira: para 65% dos entrevistados, a eleição da presidenta influencia o eleitorado a votar em mais mulheres. Essa influência se confirma nas pesquisas eleitorais para presidente: temos duas mulheres entre os três candidatos mais bem cotados.
Se o eleitorado não demonstra ter restrições quanto ao sexo dos candidatos, se afirma já ter votado em mulheres e ainda crê que o fato de haver uma presidente mulher estimula o voto em mais mulheres, o que explica então a baixa representatividade das mulheres na política?
Com o objetivo de obter a resposta, a parcela feminina foi convidada a opinar sobre qual o principal motivo que leva uma mulher a não se candidatar para um cargo político. Para 41% das respondentes, a falta de apoio dos partidos políticos é a principal razão para as mulheres não se candidatarem, seguida da falta de interesse por política (23%) e da dificuldade de concorrer com um homem (19%).
A pesquisa, também, constatou que projetos de lei que buscam conferir maior igualdade entre os sexos têm a aprovação da maioria dos entrevistados. A proposta de paridade entre os sexos nas listas de candidatos dos partidos – ou seja, metade das vagas nas listas para os homens e metade para as mulheres –, por exemplo, recebeu apoio de 71% dos entrevistados.
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