(DCI, 24/02/2015) Aumentar a presença das mulheres no mercado de trabalho pode levar ao desenvolvimento mais avançado da economia, disse ontem a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
“Segundo estimativas, elevar a participação feminina na força de trabalho para o mesmo nível da dos homens aumentaria o PIB em 5% nos Estados Unidos, 9% no Japão, 12% nos Emirados Árabes Unidos e 34% no Egito”, disse, em publicação no blog do FMI.
A diretora-gerente falou ainda da importância de diminuir os obstáculos legais às mulheres no mercado de trabalho, além da busca por salários igualitários ao dos homens. “Apesar de alguns progressos nos últimos anos, restrições legais baseadas em gênero continuam significativas. Quase 90% dos países têm pelo menos uma restrição importante nas leis, e alguns têm várias”, diz ela.
Ela acrescenta que, nas avaliações regulares feitas pelo FMI em seus países membros, fica claro que questões ligadas à participação da mulher na economia têm importantes consequências econômicas, principalmente para os países que precisam encontrar novas fontes de crescimento, como aqueles onde a população está envelhecendo rapidamente.
Ela cita o Peru como exemplo: “Em 1993, a nova constituição definiu a igualdade entre homens e mulheres na lei, eliminando a discriminação”, observa ela.