Ana Luiza Cunha, do Geni da USP, conta o que é ser feminista na universidade

22 de março, 2016

(Agência Patrícia Galvão, 22/03/2016) No vídeo gravado durante sua participação no Fórum Fale sem Medo Ana Luiza Cunha, uma das fundadoras do Coletivo Feminista Geni da Faculdade de Medicina da USP, Universidade de São Paulo, relata suas experiências e reflexões como participante ativa de um coletivo que defende a igualdade de gênero, o respeito e o fim da violência contra as mulheres no ambiente universitário.

O Coletivo Feminista Geni foi criado em 2013, em reação a um episódio de abuso sexual ocorrido na Faculdade de Medicina da USP. Para Ana Luiza, estar em um coletivo feminista significa encarar de frente as opressões vividas diariamente, desde as mais evidentes, como as violências sexual e física, até aquelas que são naturalizadas, como a desqualificação intelectual das mulheres na sala de aula.

“Para estar em um coletivo feminista é preciso ser corajosa, porque existe ainda muita hostilidade, muita desinformação sobre o que é o feminismo”, explica Ana Luiza, ainda mais quando se trata do ambiente universitário, um espaço “extremamente tradicional, em que as pessoas são apegadas a tradições, à imagem da instituição”. “Por isso as meninas que participam desses coletivos ainda são muito xingadas nas redes sociais e pessoalmente”, explica Ana Luiza.

“Não é fácil, mas é transformador, é empoderador estar em um coletivo feminista.”

Confira a fala completa de Ana Luiza no Fórum Fale sem Medo:

Realizado em dezembro do ano passado pelo Instituto Avon, o Fórum Fale sem Medo reuniu especialistas, ativistas, pesquisadores e operadores do Direito para debater como enfrentar a violência contra as mulheres nas universidades. No evento foi lançada a pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, que analisa a percepção e comportamento dos jovens diante do tema.

Clique aqui para conferir os principais destaques da pesquisa

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