Assédio, agressões e perda de direitos: pesquisa mostra as angústias de mulheres no ambiente de trabalho

30 de abril, 2024 g1 Por Rayane Macedo

A consultoria Deloitte entrevistou mais de 5 mil mulheres, 500 delas no Brasil, para mensurar a igualdade de gênero no mundo corporativo e mapear aspectos que prejudicam a progressão de carreira.

A consultoria Deloitte lançou nesta terça-feira (30) uma pesquisa global sobre as condições de trabalho para mulheres, que mostrou que 49% das mulheres brasileiras estão preocupadas com a própria segurança no trabalho, durante o trajeto ou em viagens profissionais.

As preocupações incluem assédio, agressões e a perda de direitos. O dado mais significativo é que uma a cada quatro mulheres (24%) diz ter sofrido assédio durante o atendimento a clientes ou consumidores. Outras 13% relataram assédio de colegas de trabalho, e mais 13% descreveram assédios em viagens a trabalho.

O assédio sexual foi relatado por 40% das brasileiras. Desse grupo, 60% afirmaram que não reportaram o ocorrido.

Já as microagressões — que são casos como “mansplaining” e “gaslighting” — foram relatadas por 35% das entrevistadas. E 77% delas decidiram não relatar e levar os casos à frente.

A pesquisa da Deloitte ouviu, entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, 5 mil mulheres em 10 países, 500 delas no Brasil, para mensurar a igualdade de gênero no mundo corporativo. As entrevistadas brasileiras possuem entre 18 e 64 anos, e 43% delas não ocupam cargos gerenciais.

O levantamento também mapeou aspectos que prejudicam a vida das mulheres no mercado de trabalho: estresse, dores menstruais, salários não competitivos e dupla jornada.

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