O estupro de uma adolescente de 13 anos em Londrina/PR levou um juiz a proibir provisoriamente a venda e uso por adolescentes das chamadas “pulseiras do sexo” na cidade. A Câmara de Vereadores já começou a discutir uma lei para tornar definitiva essa proibição.
A adolescente de 13 anos teria sido violentada por quatro rapazes, um deles maior de idade. Eles teriam obrigado a menina a manter relações sexuais após terem rompido a pulseira de cor preta que ela usava.
As pulseiras fazem parte de um jogo criado na Inglaterra em que cada uma das cores siginifica disponibilidade para um ato, que vai do abraço a uma relação sexual; quem rompe a pulseira pode cobrar da pessoa o ato corresponde a cada uma das cores:
amarela – abraço
rosa – mostrar o peito
laranja – dentadinha de amor
roxa – beijo com a língua – talvez sexo
vermelha – lap dance
verde – sexo oral a ser praticado pelo rapaz
branca – a menina escolhe o que quer fazer
azul – sexo oral a ser praticado pela menina
preta – sexo com a menina na posição do missionário
dourada – tudo citado acima
Algumas pessoas que usam dizem que, embora elas tenham conotação sexual, no Brasil a coisa funciona mais no “faz de conta”. Para outro: “Tudo depende do respeito e da liberdade que você dá para as pessoas. Se não dá liberdade, nem deixa se aproximarem”.
Segundo a reportagem do Portal G1, a adolescente e sua família estão sendo acompanhadas por psicólogos a pedido do Conselho Tutelar.
Em Santa Catarina, alguns municípios estão estudando projetos de lei sobre o assunto e a cidade de Navegantes já proibiu o uso das pulseiras nas escolas. “Nós resolvemos tomar uma medida preventiva para fazer com que a sexualidade fosse tratada de outra forma, com a participação efetiva da família dentro das unidades escolares, do envolvimento dos educadores e ao mesmo tempo do convencimento dos próprios educandos que sexualidade é algo muito importante, que as crianças precisam ter conhecimento, mas não da forma que essa pulseira trouxe o assunto”, declarou Roberto Carlos de Souza, prefeito de Navegantes/SC.
Já o Conselho Tutelar de Manaus, cidade onde já foram registrados 16 casos de violência ligados ao uso das pulseirinhas, está realizando um trabalho de conscientização em praças e escolas. Dez mil pulseiras já foram entregues pelos adolescentes.
Alessandra Silva, psicóloga de Londrina, acha que proibir não adianta e aconselha o diálogo entre pais e filhos. “Não estamos falando de um problema relacionado apenas a uma pulseira, mas aquilo que está por detrás do uso, que é a questão da sexualidade indiscriminada, que é a falta de respeito pelo direito que o outro tem sobre sua própria sexualidade. E isso é desenvolvido na medida em que os pais falem abertamente sobre isso com a criança, de forma positiva”, declarou a psicóloga em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
Acesse essa matéria: Proibição da ‘pulseira do sexo’ entre adolescentes no PR gera polêmica (Portal G1 – 04/04/2010)
Após ter ‘pulseira do sexo’ arrancada, adolescente é estuprada em Londrina
Justiça proíbe venda e uso de ‘pulseira do sexo’ em Londrina
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