15/04/2010 – Sexo para consumo, por Rosely Sayão

15 de abril, 2010

Em sua coluna no suplemento Folha Equilíbrio, encartado semanalmente na Folha de S.Paulo, a psicóloga Rosely Sayão escreve sobre a polêmica das pulseiras coloridas, as chamadas “pulseiras do sexo”, “que passaram a funcionar como um código ligado à vida sexual”.

Para Rosely Sayão, não se trata de proibir as pulseiras ou culpar as meninas que as usam. “Precisamos pensar é nos conceitos que envolvem a sexualidade que temos passado aos mais novos. Não temos tido cuidado algum quando se trata de educação ou orientação sexual aos mais novos.”

E a psicóloga prossegue: “Desde que o tema sexo deixou de ser tabu, parece que deixou de ser tarefa dos pais e da escola a formação educativa dos mais novos em relação ao tema. Mas o que não nos lembramos é que essa formação ocorre de qualquer maneira e, na ausência de uma prática educativa responsável e crítica, os jovens se formam com o que está disponível a eles: material na internet, peças publicitárias, exploração do tema em revistas e programas de TV etc.

Muitos pais não querem ser vistos como ‘caretas’ pelos filhos e, por conta disso, deixam de moralizar a questão, mesmo quando pensam que deveriam fazer isso. Escolas não assumem a responsabilidade, principalmente porque não sabem como elaborar e colocar em prática um projeto responsável de educação sexual.

E por causa de nossa omissão o sexo passou a ser visto pelos jovens e por muitas crianças apenas como mais um item de consumo na vida. Vejam só: pais permitem que seus filhos, considerados ‘pré-adolescentes’, mas que ainda são crianças, namorem, por exemplo.
Vamos proibir o uso de pulseiras ou encarar nossa responsabilidade com a educação sexual de crianças e jovens?”

Acesse o artigo na íntegra: Sexo para consumo (Folha de S.Paulo – 15/04/2010)

Saiba mais sobre a polêmica:
Proibição da ‘pulseira do sexo’ gera polêmica (Portal G1 – 04/04/2010)
Pulseira é desculpa para crime, diz psicóloga / 
Polícia do AM pede proibição do uso de acessório (Folha de S.Paulo – 06/04/2010)

Leia também:
16/04/2010 – De que adianta proibir as pulseiras do sexo?, por Ruth de Aquino
15/04/2010 – As pulseiras do sexo, por Contardo Calligaris

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