Mulheres pactuam com Cida Gonçalves a construção imediata de um protocolo de emergência
Movimentos feministas participaram de uma reunião emergencial com a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, no final da tarde desta terça-feira (7), de forma online. Cerca de 40 mulheres gaúchas, de diversos segmentos, relataram a grave situação das mulheres no estado durante a crise climática que assola o Rio Grande do Sul e apresentaram denúncias que vêm recebendo.
“Há uma crise humanitária nessas situações, sendo as mulheres e as crianças as mais atingidas”, ressaltaram as participantes. Chamada inicialmente pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e pelo Ministério das Mulheres, a reunião foi intermediada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM).
Os movimentos relataram a preocupação com o aumento da violência, como ocorreu na pandemia de covid-19 e costuma ocorrer em todas as crises sanitárias, climáticas, desastres e guerras, segundo a própria ONU Mulheres alertou.
AS participantes denunciaram que já se constatou que nos abrigos criados emergencialmente neste atual desastre vêm ocorrendo casos de violência de gênero, como assédio e violência sexual, em razão da precariedade desses espaços e da ausência de protocolos, além da improvisação.
Foram muitos os problemas apontados em todas as áreas. Perdas de vida, destruição total e parciais de cidades, bairros, casas, comércios, pertences. Destruição da infraestrutura de transporte, saúde, educação, lavouras, assentamentos, locais de trabalho e renda, bem como da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência.