Nesta quarta-feira, quando se comemora o Dia da Visibilidade Lésbica no país, os números da violencia contra as mulheres são um alerta.
No Brasil, 126 mulheres morreram entre 2014 e 2017 por serem lésbicas. O levantamento inédito realizado pelo Núcleo de Inclusão Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) revela um aumento de 150% dos casos nos últimos quatro anos.
(Destak, 29/08/2018 – acesse no site de origem)
Em 2014 foram 16 registros de lesbocídio, enquanto no ano passado, foram 54 mortes. Os dados do estudo foram coletados na mídia e nas redes sociais. Portanto, a organização estima que os números podem ser ainda maiores.
O levantamento apresenta pela primeira vez no país o termo lesbocídio. Assim como o feminicídio, ele tem como motivador a misoginia, que é o ódio a mulher. A diferença, porém, é que no lesbocídio, o crime ocorre por aversão a lésbicas em geral.
No feminicídio, a maior parte das mortes é de autoria de um homem da mesma família da vítima, enquanto no lesbocídio, 83% dos criminosos são homens sem parentesco nenhum com a mulher.
A maioria das vítimas são jovens entre 20 e 24 anos e 66% delas não apresentavam “características feminilizadas”. O Estado de São Paulo concentra 20% das ocorrências.