Na semana que dá visibilidade a mulheres que amam mulheres, entenda a luta delas
(EM, 29/08/2016 – acesse a íntegra no site de origem)
Talvez você ainda não saiba, mas, nesta segunda-feira, 29 de agosto, tem início a Semana da Visibilidade Lésbica. Milhares de lésbicas vão se movimentar em todo país, neste período, para defenderem seus elementares direitos ao amor e à resistência.
Sim, a defesa é necessária. Mais que necessária, aliás, num país que tanto mata (m-a-t-a), agride brutalmente e desrespeita moças apenas por amarem outras moças.
Quem duvida pode consultar as estatísticas. De acordo com o último levantamento realizado pela Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), estima-se que cerca de 6% das vítimas de estupro que procuram o Disque Direitos Humanos – o Disque 100 – do Governo Federal – sejam mulheres lésbicas. Um número considerável de denúncias é de estupro corretivo.
No âmbito das Américas, contexto em que o Brasil lidera com folga o número de assassinatos de cidadãos LGBT, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) tem registrado informações que também revelam grande vulnerabilidade de mulheres deste grupo a atos violentos. Entre janeiro de 2013 e 31 de março de 2014, por exemplo, o comitê contabilizou nada menos que 594 assassinatos de pessoas de diversos gêneros e orientações sexuais em países da América do Sul e Central. Outras 176 foram vítimas de ataques graves, embora não letais. Deste total, 55 indivíduos eram mulheres lésbicas.
O amor punido com tamanha estupidez, precisa, mais do que nunca, ser evidenciado. Em toda a sua beleza, força e fragilidade.
E é o que 7 mulheres lésbicas entrevistadas pelo EM fazem a seguir. Confira.